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Mostrando postagens de 2012

Amiga de todas as horas

Não sei por que sofremos tanto diante de nossas perdas. Se perdemos dinheiro, ficamos aborrecidos. Se perdemos um objeto qualquer, ficamos chateados. Se perdemos um amor, ficamos de coração partido. E se perdemos alguém querido para a morte, ficamos literalmente sem chão, tristes demais, sem saber como seguir adiante. Acho que isso acontece com muitas pessoas, se não com a maioria. Por mais que a gente tente se preparar para a morte, quando chega o momento, simplesmente nos deparamos com a nossa falta de estrutura emocional. E não deveria ser assim, pois se formos parar para pensar, já nascemos perdendo. Sim! E não se trata de uma visão negativa da vida. Ao contrário! Veja, no nascimento, perdemos o aconchego do útero de nossa mãe. Ao longo de nossas vidas perdemos um dia de cada vez. Perdemos a infância, a adolescência, a juventude, e assim vai. Então o que nos derrota não são as perdas, pois deveríamos estar bastante acostumados a elas que fazem parte das nossas vidas. O que

Hora do recreio

No final do mês passado, recebi um convite pelo Facebook para participar de um encontro de ex-alunos da minha escola. “Puxa, que máximo!” - pensei. “Uma ótima oportunidade de rever o meu colégio e pessoas que eu não vejo faz séculos.” Então, liguei pra uma amiga daqueles tempos, com a qual mantenho contato até hoje, pra que ela fosse comigo. Uma companhia é sempre bom. A chata, como era de se esperar, disse: “Ah, esses encontros costumam ser tão sacais... Um querendo mostrar que está melhor que o outro. Ah... não vou, não.” Que absurdo! Como pode uma pessoa reagir assim a um evento desses? Tudo bem que a gente não era popular e que o nosso grupo não era tão unido assim, mas aquelas pessoas com as quais convivemos foram importantes na nossa vida de um modo ou de outro. Então pensei: Quer saber, vou sozinha. Aliás, essa atitude é uma das coisas que aprendi com um pessoal da Rússia que conheci há tempos atrás. Eles não precisam de “turminha” pra se divertir. Conclusão, fui. Cheg

Escrever e pensar

Eu sempre achei que tivesse muito a dizer, mas agora que tenho esse blog estou começando a perceber que não é bem assim. Acontece que quando se escreve algo a ser publicado, a responsabilidade aumenta e, então, passamos a ser bem mais críticos com o que a gente pensa. Afinal, escrever, mesmo que seja para um blog, não é como um papo de bar, onde as pessoas estão ali a fim de, literalmente, jogar conversa fora, sem nenhuma preocupação, porque provavelmente uma semana depois ninguém irá se lembrar com detalhes do que foi dito. Outro dia me lembrei de um amigo que dizia: “Ah, eu não tenho mais saco de ouvir bobagem. Quer falar o que pensa pra mim? Ótimo, então, escreve. É, coloca tudo no papel, porque escrever não é nada fácil. A gente tem que pensar no que está querendo dizer. E aí, minha filha, o número de besteiras se reduz muito. E isso é maravilhoso.” Sabe, eu penso que ele estava com a razão. Quanto a mim, é claro que continuo tendo opinião pra tudo. Isso é mais fort

Cabeça de juiz e bunda de neném...

Quem é que nunca ouviu falar disso? O pior é que é a mais pura verdade. Os juízes jovens, então, são os mais alucinados. Pois é, o mensalão me fez lembrar de um “causo”. Outro dia entrei no juizado especial contra uma grande loja de departamentos, acho que uma das mais antigas no mercado. Aconteceu o seguinte: comprei uma cama para o meu sogro, que, detalhe, tem 86 anos e, graças às minhas preces, se casou pela segunda vez. Fiz a compra na minha cidade, porém a entrega foi feita em outro município. Calma, até aí, tudo bem, pois meu sogro se mudou para a casa da sua nova esposa. Só que isso aconteceu quase que simultaneamente. Espera aí, vamos organizar: 1) Na terça-feira, dia 1 de setembro de 2009, comprei a cama com a condição de que seria entregue até no máximo dia 5. 2) No dia 4 de setembro, sexta-feira, levei meu sogro com sua mudança para a casa da sua nova esposa, uma senhora de 75 anos – se deu bem, arranjou uma garotinha. 3) Só pra deixar bem claro, a compra só foi feita por

E se...

Você já imaginou como seria sua vida se ao invés de ter dito sim, você tivesse dito não? Se aquele não tivesse sido ao menos um talvez, ou se você tivesse feito a coisa certa naquele momento crucial? Confesso que às vezes tento imaginar como eu estaria hoje se tivesse feito tudo diferente. Na verdade tento imaginar como eu seria, ou melhor quem eu seria. Porque nós sabemos que somos o resultado das nossas escolhas e que não há nada que possamos fazer a não ser pagar o preço por elas. E o pior é que se a gente for parar pra pensar, vamos chegar a conclusão de que a nossa vida toda é definida por quatro ou cinco escolhas que fazemos durante apenas um terço dela: que carreira seguir; que relacionamento manter; a escolha do parceiro; de ter ou não filhos – não necessariamente nessa ordem. Nossa!!! Pode ser deprimente. Ou não. O que eu fiz da minha vida? Fiz o melhor que pude. É claro que meu um terço já se foi. Calma gente, não sou nenhuma anciã. Mas é que hoje, dificilmente minha

Um lugar na memória

Você já esteve em Cabo Frio? Humm... Acho que não. Digo, você já esteve em Cabo Frio há 35 anos atrás? É desse Cabo Frio que estou falando. Olha, eu já estive em muitos lugares, muitas praias, mas nenhuma delas marcou tanto a minha memória quanto essa praia em Cabo Frio. Falo essa praia, porque faz muito tempo e guardar seu nome não foi a coisa mais importante para mim na ocasião. Tinha apenas 6 anos e estava muito ocupada correndo, estasiada com o barulho que ouvia quando meus pés tocavam a areia branca que contrastava perfeitamente com o azul de céu e mar no horizonte. É engraçado como algumas lembranças permanecem tão vivas, tão nítidas em nossa mente, que quando recordamos delas é como se nossos sentidos, todos eles, recebessem estímulos reais, verdadeiros. Parece que a linearidade se acaba e mais uma vez estamos lá, vivenciando tudo de novo. Lembro que me sentia leve, quase como se pudesse voar. E, cá pra nós, se eu fosse um pouquinho mais magra do que eu era, com certeza

Agradecimento

Olá, pessoas!!! Gostaria de agradecer aos participantes da nossa enquete: "Por que é tão difícil arrumar um cara legal?" Eu sei que é muita gente pra agradecer - foram 4 pessoas, duas pela nossa página do Facebook e duas pelo nosso querido blog Lu Artístico, kkkkkk. Mas de qualquer maneira foi muito esclarecedor, ou seja, tem gente que adora cafajeste mesmo e não adianta procurar porque não vai rolar. Já outros acham que não dá pra escolher muito, não, pois se já é difícil achar um pé no saco, imagine um cara legal. Mas, a grande maioria diz que, infelizmente, os legais - ah... que pena - já estão casados. Mas, não desistam!!! Eu ainda acho que eles estão por aí em algum lugar.

Uma luz no fim do túnel

Enfim uma esperança para quem está à espera de um milagre. É... estou falando de relacionamento, sim. Estou falando de mulheres que estão sozinhas e que desejam encontrar alguém; das mulheres que frequentemente se decepcionam e por isso estão perdendo a esperança; falo das mulheres que estão entrando em desespero mesmo. Pois todas nós sabemos que encontrar um homem nunca foi fácil, e hoje em dia é ainda mais difícil. Mas de quem será a culpa? Posso estar enganada, mas a mulher é bastante responsável pelo que está aí. É claro que sou a favor das conquistas que a mulher obteve na sociedade. Mas quando a mulher se esquece de que ela é um ser completamente diferente do homem no pensar, no sentir e em consequência disso até no agir, ela comete uma falta grave contra si mesma, e em última instância contra o próprio homem, pois ela é a mãe, é ela quem cria. Complicado, né? É mesmo, porque no final somos todas condenadas a viver num mundo bastante cruel com o sexo feminino, onde a vida út

Misteriosa lavanda

Olá, pessoas! Pois é, nem sempre estamos com disposição para preparar aquela comidinha gostosa. Na maioria das vezes estamos com um desejo enorme de comer e vontade nenhuma de fazer. Um dia desses, saí para resolver umas coisas com o meu marido e, então, decidimos aproveitar e almoçar fora. Entramos num restaurante de um shopping, escolhemos nossa mesa, pois ainda estava relativamente vazio, sentamos e começamos a dar uma olhada no cardápio. Naquele dia eu estava disposta a experimentar uma coisa nova, então, como havia novidades no menu, escolhi galeto com salada verde e aipim frito e meu marido também fez uma escolha diferente, um nhoque frito com rosbife. Hum, delicia, né? Passou um tempo e algumas pessoas já tinham ocupado suas mesas próximas a nós. Logo depois, avistei o garçom vindo com uma bandeja e dois pratos, que pensei serem os que havíamos pedido, mas para a minha surpresa, ele não veio até a nossa mesa. Não, ele parou logo a frente numa outra mesa onde estav

Carnaval

Ah, o carnaval... Sem dúvida é uma festa para solteiros. É, porque do jeito que a coisa está hoje em dia, é quase impossível sair com seu marido, ou mesmo namorado, num bloco qualquer, ou ir a um clube ou até mesmo no sambódromo. Ninguém respeita ninguém! Dá até medo. Aliás, gente, sair na rua já é uma aventura nessa época do ano. É trânsito caótico, mais do que o normal, porque sejamos sinceros, o trânsito é caótico sempre, a qualquer hora. É bêbado nas ruas. É bêbado no volante. Eu fico pensando, quando será que as pessoas vão se convencer de que bebida e direção não combinam!!!!!!!!! Mas, voltando ao carnaval... Eu me lembro que, quando era mais nova e solteira, claro, adorava. Nunca fui de me fantasiar muito, não. Na verdade sempre improvisava alguma coisa com os lençóis de casa, e alguns colares de havaiana. E... um bocado purpurina fazia milagres. Tinha uma disposição louca. Acordava lá pelas 11am, emendava o café da manhã com o almoço e após descansar só um pouqu

Oh, Deus perdoe-me! Eu procrastinei hoje!

          E me envergonho.           Na verdade nem tanto, pois até então achava que esse era apenas mais um dos meus defeitos, uma má conduta que me fazia ter o seguinte raciocínio: por que deixar para amanhã algo que você pode fazer depois de amanhã?            Mas há pouco tempo fiquei sabendo que a procrastinação é um distúrbio. E, como ter uma síndrome, um transtorno ou mesmo apenas um distúrbio qualquer está na moda, superei a vergonha e passei a ter a sensação de fazer parte de alguma coisa, ainda que essa coisa seja um grupo de pessoas, digamos, problemáticas.           Nossa! Agora que parei pra pensar, será que devo me envergonhar? Pois seria bem melhor se a procrastinação continuasse sendo apenas um defeito meu.           É, meu defeito. Um hábito horrível que venho cultivando durante todos esses anos. E ao qual, confesso, já estava acostumada. Agora, vou ter que rever os meus conceitos! Não posso aceitar ter um distúrbio! Daqui a pouco estou tomando remédios. Cr

Oh, vida!

          Gente, é uma maravilha quando planejamos fazer uma viagem. Escolhemos o destino, pesquisamos na internet sobre os pontos turísticos , pratos típicos, e ficamos realmente excitados com a ideia de sair da rotina.           Então, após comprarmos as passagens, começam os preparativos. Abrimos o armário e, claro, chegamos a conclusão de que não temos nada que preste para levar na viagem, aí a gente começa a se endividar antes mesmo de pegar o avião. Partimos, antes de tudo, às compras.           Vamos ao shopping diversas vezes, porque é óbvio que não encontramos nada do que queremos logo de primeira. E a viagem se aproximando... “Ainda tem tempo”, pensamos. O biquíni não cai bem, aquele sapato maravilhoso não tem do nosso número. De repente descobrimos que não temos as mínimas coisas, como uma calcinha decente, um sutiã que sustente e que ainda por cima seja sexy. Meias! Não temos nem meias! Como pudemos viver tanto tempo sem nada? Como eu pude dormir noites e noites com um pi

Saudações

          Eu sempre achei essa coisa de diário uma grande besteira, uma incrível falta do que fazer. Que me perdoem os que tem um. Mas quanta bobagem, hoje em dia todo mundo tem.           Acontece que eu sou do tempo em que só as meninas possuíam diários e eles costumavam ser cor-de-rosa e bastante enfeitados e guardavam os maiores segredos, tinham até cadeado.           Hoje muita coisa mudou. Todos têm um blog e ninguém faz questão de guardar segredo de nada. Aliás, quanto mais público for o que você escreve, melhor.           Continuo achando uma incrível falta do que fazer, porque, vamos combinar, é preciso tempo para sentar a bunda em frente ao computador e fazer tantas postagens, de texto, fotos... E quando se pensa no que está fazendo, ainda é preciso mais tempo. Quanto a ser uma grande besteira, talvez, o fato é que nos dias de hoje ter um diário virtual se faz necessário. É isso ou um terapeuta. E cá pra nós, acho que prefiro um blog, é bem mais barato e, além disso, ele não