E se...
Você já imaginou como seria sua vida se ao invés de ter dito sim, você tivesse dito não? Se aquele não tivesse sido ao menos um talvez, ou se você tivesse feito a coisa certa naquele momento crucial?
Confesso que às vezes tento imaginar como eu estaria hoje se tivesse feito tudo diferente. Na verdade tento imaginar como eu seria, ou melhor quem eu seria. Porque nós sabemos que somos o resultado das nossas escolhas e que não há nada que possamos fazer a não ser pagar o preço por elas.
E o pior é que se a gente for parar pra pensar, vamos chegar a conclusão de que a nossa vida toda é definida por quatro ou cinco escolhas que fazemos durante apenas um terço dela: que carreira seguir; que relacionamento manter; a escolha do parceiro; de ter ou não filhos – não necessariamente nessa ordem.
Nossa!!! Pode ser deprimente. Ou não.
O que eu fiz da minha vida?
Fiz o melhor que pude.
É claro que meu um terço já se foi.
Calma gente, não sou nenhuma anciã. Mas é que hoje, dificilmente minha vida irá mudar. Não é que eu não tenha mais escolhas, apenas elas, talvez, não sejam mais significativas para mudar todo o meu destino daqui pra frente.
É óbvio que a vida de uma pessoa depois de uma certa idade pode mudar completamente. Porém as chances disso acontecer, ao meu ver, estão mais relacionadas às fatalidades ou decisões de outras pessoas do que as suas próprias.
Então, como sabemos se nossa escolha ou decisão é a correta?
Em muitos casos não sabemos, porque muitas vezes quando fazemos essas escolhas, somos ainda muito jovens, e os jovens são desorientados tentando tomar rumo.
Eu mesma tenho meus arrependimentos. Mas isso não me faz querer voltar no tempo pra viver tudo outra vez. Porque o que me tornei, fruto dos meus erros que não foram poucos, me agrada. Gosto de mim.
O que fazer então?
Bom... Ouvir. Ouvir as pessoas. Afinal, nascemos com duas orelhas pra justamente ouvirmos duas vezes mais do que costumamos fazer – tento me lembrar sempre disso. Mas, cuidado, o ideal é ouvir alguém mais experiente, que já tenha passado pela mesma situação. Que consiga ver o problema de fora, sem se envolver, sem se cegar para as suas falhas. Alguém que tenha outro ponto de vista. Pois o problema, quase sempre está na gente.
Outra coisa fundamental é se colocar no lugar do outro. É, tem sempre o outro. Independente da relação, se é profissional, amorosa, familiar, tem sempre o outro. Então, se coloque no lugar do outro. E aí, se você achar que aquilo seria bom pra você, então faça.
Agora, se o seu um terço também já passou, então, é o seguinte: não fique olhando pra trás. O passado só serve pra gente se lembrar. Não podemos vivê-lo de novo. Ao olhar pra trás, podemos apenas rever alguns erros que cometemos para que eles não se repitam no futuro. Siga em frente, pare de olhar pro seu próprio umbigo e veja se faz alguém feliz.
Pare de se lamentar! Porque não tem nada pior do que estar ao lado de alguém que vive se lamentando. Pior ainda é se esse alguém é você.
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