Beijo

Época de fantasiar, de se apaixonar, de curtir, de se divertir.
De grandes amores e poderosos tambores.
De exageros e desesperos que, no fim, nos levam à cinzas em plena quarta-feira.
Mas no meio desse caminho, entre um confete e uma serpentina, uma irresistível tentação.
E o resultado de corpos suados em meio à multidão só pode ser um beijo molhado.
Luluca, a poetisa, adverte, divirta-se com moderação.
Beijo
Molhado, temperado
E nada mais vejo
Fecho os olhos
E me entrego totalmente
A esse anseio
Línguas invasivas
Nada fere, só excita
E me rendo ao deleite
Morno para quente
Um suar frio, um agrado
O calor que agora sente
É de um beijo molhado
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