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Tom Escarlate

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Esta crônica é uma obra meramente ficcional, qualquer semelhança com pessoas, lugares ou fatos reais é mera coincidência. Os especialistas dizem que se carregar na boca, não deve carregar nos olhos. Estou falando de maquiagem. Ora, então, atualmente, temos uma tendência! Sim, meus olhos estão carregados de insatisfação, mas não de tristeza nem frustração, pois mesmo sabendo que a esfera da minha ação é quase nenhuma, ainda assim, seguindo firme no meu propósito de inspirar pessoas, de um modo ou de outro, mesmo que isto aconteça muito raramente, ainda que eu inspire uma única pessoa de tempos em tempos, ainda assim, me sinto realizada e cheia de felicidade por estar sendo quem sou, por viver e revelar-me tal como sou, sem máscaras! Mas sinto o peso de toda a opressão, de toda a imposição  para que me anule, para que me vá morrendo aos poucos, como que sumindo, desaparecendo e tornando-me imperceptível, me desumanizando pouco a pouco. Mas que diabos! Como é possível existir se

Equação

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Em ferida aberta Não se mexe não Só o tempo é capaz De calar um coração Mas o que ele diz Em cada batida Doída, quase falida De tanta paixão O que fazer da vida sem ela Que sempre devora a razão Só sobrando o descompasso Desse pobre coração Amar, amar e amar É pura equação É lógica intrínseca De todo o coração

Agonia

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A garganta em seus soluços Amarga tudo o que engulo E os olhos em plena seca Refletem o que vislumbro E quão profundo é o desalento De quem só se sente Sem ver futuro Imenso, inimaginável Como um plano obscuro Eis que o que bate aperta Até quase fazer parar E é quando o peito cessa De tanto esperar E assim finda a sorte De quem só faz desejar

Despertar

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E aí, você também acha que já está mais que na hora de acordar? Então, inspire-se, porque sem poesia não dá. Fui. Despertar Dia amanhecendo A luz ainda azulada E o sol tímido atrás das montanhas E na brisa breve o cheiro Da manhã que está por vir De tudo o que pode acontecer Dos amigos que irão partir Dos amores para me despir Para que rancores, senão Para manchar nossas almas puras Ainda que falemos da menor parte delas Sinto o cheiro das velas se apagando Do mar se revoltando Do resquício do suor noturno Da grama ainda molhada E do café que nossas almas desperta E nos faz acordar para a vida

Enquanto Espero

É, minha gente, eu não sei quanto a vocês, mas euzinha aqui já estou "porra aqui" com essa *@!* de "fica em casa". E volta e meia alguém vem com uma chamada nova: "Tá sabendo das vespas-gigantes? Viu as vespas-assassinas? E a tal super pneumonia?" Caramba! Esse tipo de coisa até me arrepia. Assim é provável que eu nunca mais veja a luz do sol! E a tal máscara? Agora para sair de casa, se preciso, é um parto duplo, porque se eu não lembrava de onde estava o óculos, ainda tem essa nova focinheira para encher meu saco. Mas, reclamações a parte... Sim, eu sou reclamona. Pronto, falei! Só me resta esperar. Fui! Enquanto Espero Eu quero uma morte assim, Que seja de qualquer maneira, Eu quero morrer para mim Antes da derradeira. Eu quero me sentir em paz Com a certeza de não  Deixar nada para trás. Eu quero não me ressentir Quando ela chegar para mim. E nessa minha espera, Assim espero e espero, Enquanto ela não vem, Vou vivendo a minha vida Na esperança de ir al