Carnaval


Oi gente!
E a animação, como anda?
Prontos para o carnaval?
Então, eu trouxe um texto que eu havia postado logo no início do blog.
Espero que gostem.
Afinal, recordar é viver...


Carnaval



Ah, o carnaval...
Sem dúvida é uma festa para solteiros.
É, porque do jeito que a coisa está hoje em dia, é quase impossível sair com seu marido, ou mesmo namorado, num bloco qualquer, ou ir a um clube ou até mesmo no sambódromo. Ninguém respeita ninguém! Dá até medo.
Aliás, gente, sair na rua já é uma aventura nessa época do ano.
É trânsito caótico, mais do que o normal, porque sejamos sinceros, o trânsito é caótico sempre, a qualquer hora. É bêbado nas ruas. É bêbado no volante.
Eu fico pensando, quando será que as pessoas vão se convencer de que bebida e direção não combinam!!!!!!!!!
Mas, voltando ao carnaval... Eu me lembro que, quando era mais nova e solteira, claro, adorava. Nunca fui de me fantasiar muito, não. Na verdade sempre improvisava alguma coisa com os lençóis de casa, e alguns colares de havaiana. E... um bocado purpurina fazia milagres.
Tinha uma disposição louca. Acordava lá pelas 11am, emendava o café da manhã com o almoço e após descansar só um pouquinho, me preparava pra matinê, pois alguém tinha que ir com as crianças, e esse alguém era eu, claro. Lá pelas 8pm, chegava em casa, tomava uma chuveirada, refazia o visual, comia alguma coisa e lá ia eu pro baile de novo. Isso durava até as 5 da manhã , e aí começava tudo outra vez.
É claro que havia os amores de carnaval. Na primeira noite as pessoas se observavam, brincavam e, às vezes até, os corações batiam mais forte por um pierrô ou uma colombina que, com certeza pareciam estar completamente apaixonados.
Não era nada difícil um coração bater mais forte. Pelo contrário, era fácil, fácil. Afinal, em ritmo de samba tudo fica fácil.
Era aquela paixonite aguda. Gostosa de sentir e que todos sabiam que só duraria até a quarta-feira de cinzas.
Olha, eu não vou dizer ninguém, porque você sabe, não se deve botar a mão no fogo por esse tal de ninguém, mas, era difícil alguém sair beijando 20 num só dia. Normalmente, um só pierrô arrebatava seu coração. E era com ele que passava os 4 dias de carnaval.
Acho que as pessoas se preocupavam mais com a saúde bucal.
Enfim, era um tempo bom. Mas... casei, e aí tudo acabou.
Não existe vida após o casamento, todo mundo sabe disso, pelo menos os casados.
Mas o que importa, não é a fantasia, e sim fantasiar.
É cultivando o romantismo, querendo sempre matar a saudade como nas velhas marchinhas, dizendo um pro outro ― “vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval” ― que a gente é capaz de passar 5, 10, 20 anos, até uma vida inteira ao lado de um único alguém.
Carnaval?
Ah, o carnaval…
Já pulei muitos carnavais, e guardo boas lembranças.
Mas é como disse, casei. E meu coração é fiel.
E o carnaval?
O carnaval é da mocidade.

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